sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Filosofia da Mente II


Tomando a definição de Morim: “A terra é um pequeno planeta desse Universo inteiro”, teríamos um grande avanço nas escolas e universidades ao pararem de acreditar que existe uma disciplina que é mais importante que a outra. A Filosofia da Mente tem uma importância neste aspecto ao explicar todas as formas mecanicistas sobre os processos criativos da construção de uma teoria da identidade, permitindo ser interdisciplinar nos estudos dos processos mentais.
Em introdução aos estudos sobre a mente , podemos observar que a Filosofia da Mente nos fornece dados sobre as ciências naturais permitindo uma metodologia que coloca a ciência cognitiva e a Filosofia da mente intrinsecamente relacionadas. Essa unificação metodológica seria mecanicista utilizando para tal a criatividade e nesse aspecto ambas podem contribuir para os estudos dos processos cognitivos no que se refere ao ensino e a aprendizagem.
 O que podemos observar é que o aluno e talvez até o professor mal consigam fazer uma conexão entre o que aprende em cada uma das diferentes disciplinas devido ao nosso processo educativo ser compartimentalizado. Essa dificuldade sempre irá existir enquanto o professor não se colocar como mediador entre a sua disciplina com as demais disciplinas que surgem no decorrer de suas aulas. Nesse sentido o professor de filosofia precisa apontar aos seus alunos quando está entrando em outras áreas do conhecimento.
Os problemas filosóficos se opõem àqueles que procuravam encontrar fundamentos para soluções, enquanto que outros buscavam sua distinção diante de variadas abordagens e campos de conhecimentos possíveis. Frente a esta questão podemos observar sua fundamentação, numa ciência cognitiva que demanda de explicações razoáveis pelas questões profundas da filosofia, a defesa de uma máquina específica para serem executadas, à consideração de animais e máquinas como sistemas intencionais, a linguagem do pensamento como meio de representações mentais que são organizadas em um sistema cognitivo e por fim a defesa de que a classe dos acontecimentos mentais não poderem ser explicadas pelas ciências física, pois algumas explicações apela para considerações do comportamento intencional.
Quando então nos colocamos frente a esta questão da interdisciplinaridade, podemos concluir que cabe a Filosofia relacionar o sistema mecanicista enquanto naturalismo metodológico, permitindo que a ciência cognitiva e a Filosofia da Mente estejam entrelaçadas e que o professor possa contribuir a partir do momento em que se colocar como mediador entre a Filosofia e as ciências de modo geral.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Filosofia da Mente I

Quando entendemos a intencionalidade como a capacidade de representações, podemos perceber que as representações físicas e públicas pertencem a uma intencionalidade que é derivada da intencionalidade originária ou intrínseca da mente que a concebe ou constrói, pressupondo capacidades representacionais de agentes cognitivos e seus estados, atos e eventos mentais que são intrinsecamente intencionais como maneira de evitar uma regressão infinita, ou seja, a capacidade de representar de certas representações não pode depender sempre da capacidade de representar de outras representações.
Putnam critica fortemente a ideia de que existe uma intencionalidade intrínseca assemelhando essa maneira de ver a uma versão da concepção mágica da linguagem. Defende que as palavras que usamos são compostas de sons e marcas gráficas que tem propriedades intrínsecas. As palavras podem ser carregadas de propriedades por diversas visões, porém pode não determinar as condições normativas de aplicação das mesmas.
Numa relação entre um nome e o que designa é convencional, não dependendo em nada das propriedades intrínsecas de uma inscrição concreta sonora ou gráfica do nome em questão. Como Donald Davidson observa, as palavras existem em uma forma “abstrata”, porém quando associada a um determinado objeto, a representação, isto é, a palavra que se encontra no abstracismo torna-se concreta por estar relacionada e convencionada a um determinado objeto. As teses externistas de Putnam e Davidson valem para as representações mentais privadas e subjetivas.